domingo, 12 de dezembro de 2010


TESTE

Brasil

Porta panos de prato.Lindos!

Acolhimento e Adaptação na Educação Infantil Por Bete Godoy


responsável pelo projeto: Bete Godoy

Até pouco tempo atrás nas creches é pré-escolas e até mesmo nas escolas de ensino fundamental parecia não haver outro jeito: ou as crianças se adaptavam ou se adaptavam. No entanto, isso vêm mudando. As boas instituições de educação têm se preocupado em acolher bem a criança que chega. Cisele Ortiz

Diretores, coordenadores pedagógicos e educadores sua escola tem um projeto cuidadosamente elaborado para melhor acolher as crianças no início do ano letivo? Como o período de acolhimento e adaptação acontece na sua escola? Qual a importância em amenizar a ansiedade das crianças e famílias nos primeiros dias de convivência?

Para muitos adultos, a lembrança dos primeiros dias de escola faz parte, para sempre de recordações pouco agradáveis, é o que consideram alguns psicólogos. Esse período pode gerar stresse nas crianças, famílias e profissionais da educação.
È comum neste período algumas crianças chorarem, afinal, um ambiente totalmente novo pode causar insegurança, desconforto e até mesmo rejeição. Como atender com atenção e carinho as crianças que demonstram tais sentimentos? Se recebermos todas as crianças de uma só vez é possível dar atenção a quem está chorando sem "descuidar" do restante da turma? São estes cuidados que merecem toda atenção dos educadores para que se inicie uma relação de convivência mais saudável, feliz e promissora.

As famílias também ficam na expectativa para ver como sua criança irá reagir diante ao contato com alguém "desconhecido". Quando percebem que os educadores não querem disputar ou roubar-lhes o seu lugar e sim apenas, contribuir na educação da criança em outro ambiente ( o escolar) o sentimento de parceria toma o lugar da insegurança.

Segundo Cisele Ortiz qual a relação que existe entreadaptação e acolhimento?
A adaptação pode ser entendida como o esforço que a criança realiza para ficar, e bem, no espaço coletivo, povoado de pessoas grandes e pequenas desconhecidas diferentes daqueles do espaço doméstico a que ela está acostumada. Há de fato um grande esforço por parte da criança que chega e que está conhecendo o ambiente da instituição, mas ao contrário do que o termo sugere não depende exclusivamente dela adaptar-se ou não à nova situação. “Depende também da forma como é acolhida.”

“A qualidade do acolhimento é que garantirá a qualidade da adaptação, portanto não se trata de uma opção pessoal, mas de compreender que há um interjogo de movimentos tanto da criança como da instituição dentro de um mesmo processo.”

Cada instituição (Creche-CEI, EMEI e EMEF) deve levar em consideração o período de permanência que a criança fica diariamente na escola para organizar o calendário do acolhimento e mais importante ainda a especificidade de cada faixa etária. Para as famílias com crianças de 0 a 3 anos de idade a ansiedade é ainda maior. Boas iniciativas desde os primeiros momentos que a criança chega a instituição é essencial para processo de adaptação dos bebês.

Deixar que eles tragam seu bichinho ou seu objeto de apego colabora bastante para diminuir o estranhamento a um ambiente diferente do familiar.

Os cantos de atividades diversificadas é uma das modalidades oraganizativas do brincar bastante interessante para este período, podendo se organizado para receber as crianças, assim, quando elas chegam algo legal e convidativo está a sua espera.
Partilho boas práticas realizadas na EMEI RUMI OIKAWAque já realiza o acolhimento desde 2007.

Então, mãos a obra, há muito a ser feito ainda este ano! Vejam como aconteceu o processo de elaboração do projeto e como cada segmento participou.

PROJETO INSTITUCIONAL (porque envolve todas as pessoas da escola).
Sugestão de organização
Em Novembro
Reunião entre os gestores (Direção e Coordenador Pedagógico)
Objetivos:
• Conhecer mais sobre a importância do acolhimento e adaptação na educação infantil.
• Avaliar como o acolhimento é realizado na unidade educacional.
• Conversar sobre quem são as crianças e famílias que a escola atende e como participam dos projetos desenvolvidos na escola.
• Pensar em propostas de planejamento para melhor acolher no início do ano letivo.
• Separar material de apoio para formação de todos os educadores.
• Estabelecer parceria com a supervisão escolar.
• Planejar e organizar pauta para formação com os professores e funcionários.

Em Dezembro
Encontro de formação com todos os educadores para:
• Avaliar do acolhimento realizado na unidade educacional.
• Leitura de textos de apoio e matérias que possam esclarecer melhor a importância de acolher.
• Levantar propostas para acolher melhor as crianças no próximo ano à luz das teorias estudadas.
• Elaboração do pré - projeto: Acolhimento e adaptação na educação infantil

Em Janeiro
Gestores planejem e organizem o acolhimento dos professores e funcionários.
Objetivos:
• Acolher melhor os educadores.
• Estabelecer vínculos afetivos entre os educadores recém chegados e os que já trabalhavam na unidade educacional.
• Vivenciar a importância de ser acolhido com carinho e respeito.

Em Fevereiro
Durante a semana de planejamento:
• Retomada da conversa sobre o acolhimento e adaptação das crianças.
• Apresentação (principalmente aos educadores recém chegados) e análise do pré- projeto elaborado no ano anterior.
• Levantamento dos encaminhamentos pedagógicos e técnicos para a ação.
Pensar sobre:
1. Como cada segmento da escola (merendeira, professor, porteiro, agente de limpeza, secretária, inspetor de alunos e etc) participará?
2. O que será planejado como atividade? Como os espaços serão organizados para receber as crianças e as famílias?
3. Como as crianças com necessidades educacionais especiais e as famílias participarão?
4. Qual o período de duração?
5. Como será a reunião de pais no primeiro dia de escola? Como sensibilizá-los para que possam participar do acolhimento? Quantos dias quem cuida da criança participará? A entrega do folder aos pais será em qual momento?
6. Quantas crianças serão atendidas por vez? Qual o tempo de permanência nos primeiros dias e nos dias subsequentes? Como será na volta do feriado prolongado (carnaval)?
7. Como acolher as crianças que são matriculadas em diferentes épocas do ano?
8. Quais instrumentos de registros (fotos, filmagem, registro escrito e etc) serão utilizados para avaliar o projeto?
• Elaboração do projeto final.

Colaboramos trazendo uma sugestão como ponto de partida para cada unidade educacional elaborar o seu próprio projeto.

EMEI PROFª RUMI OIKAWA
Rua dos Lírios, 10
Pq das Flores
São Mateus - SP
Justificativa
O período de adaptação é muito importante, tanto para a criança como para os pais. Constitui uma oportunidade de estabelecermos vínculos afetivos dentro de uma convivência, que é diferente da familiar.
Mesmo para as crianças que já frequentam a escola uma nova rotina com outros colegas, educadores provoca insegurança.
Durante este período é comum que todos sintam-se ansiosos para que tudo caminhe da melhor maneira possível.
Objetivos
• Estabelecer relação de confiança recíproca entre professores, crianças e famílias.
• Receber as crianças com atenção, afeto e cuidado.
• Acolher com atividades planejadas priorizando o lúdico e os momentos de interação.
• Amenizar a ansiedade e a dor da separação da criança com a mãe ou responsável.
• Estabelecer vínculo afetivo entre o professor e a criança.
• Cuidar e educar com respeito e afeto nos primeiros contatos da criança ao ingressar ou regressar à escola.

PúblicoEducadores, crianças e famílias (quem cuida da criança).

Agora é com vocês!!!
Duração:
Calendário de organização deste período:
Elaboração do Folder
Participação de cada segmento (como, o que fará?):
Atividades planejadas
Avaliação
Avanços
• O projeto institucional tem ótima aceitabilidade pelos educadores e famílias.
• Outras unidades educacionais querem conhecer a proposta.
• Os educadores reconhecem a importância deste período dedicado a acolher e adaptar as crianças.
• As famílias querem que as emefs vizinhas também se organizem para o acolhimento e adaptação de seus filhos(as).
• A cada ano atividades interessantes são planejadas para este período.
• Estabelecimento de vínculos importantes de confiança entre as famílas, as crianças e a escola.
• As famílias das crianças com NEE sentem-se mais seguras.

Desafios
• Continuidade do projeto mesmo com a rotatividade de professores e funcionários.
Ter maior adesão das famílias que as crianças já frequentam a escola.
• ACOLHER EM QUALQUER ÉPOCA DO ANO.


Para saber mais
-Ortiz, Cisele Entre adaptar-se e ser acolhido.-Revista Avisa-la nº2.

-Vídeo da USP -Creche Carochinha: Adaptações na educação infantil
-Ferrari, Maria Ivone de Jesus. Acolhimento na educação infantil. Direcional educador.2010
-Bassedas, Huget Solé. Aprender e ensinar na educação infantil. Artmed
-Cuerda, José Luiz. A língua das Mariposas. Filme
-Se houver o interesse em receber o modelo do folder deixe seu recado com email e enviaremos.
TODOS OS CRÉDITOS PARA: Blog Para além do cuidar - Educação Infantil

Educação Infantil


Todas as atividades desenvolvidas na Educação Infantil, devem ser trabalhadas a partir da exploração concreta dos objetos, pois, as crianças desta faixa etária ainda não possuem maturação para compreender e apreender conceitos abstratos. Há de se observar também, que nessa fase elas são dispersas, desconcentradas e sem reversibilidade de pensamento o que requer que o planejamento do professor seja mutável em qualquer ponto e atrativo.

As atividades desenvolvidas devem levar em conta os aspectos de desenvolvimento da criança, ou seja, contemplar:


ASPECTO COGNITIVO - referente ao desenvolvimento do raciocínio, da inteligência, aqui são necessário desenvolver:

Conhecimento Físico: cor, forma, peso, textura, som, temperatura, odor, sabor, são as características dos objetos.

Conhecimento Lógico-matemático: estruturação do conceito de tempo e espaço, aquisição de conservação de quantidades contínuas e descontínuas, classificação, seriação e conservação.

Conhecimento Social: aquisição sobre a vida em sociedade, costumes tradições, regras, datas comemorativas,etc.

Função Simbólica:: ampliação e generalização da imitação representativa, jogos simbólicos, imagem mental, expressões artísticas, etc.

ASPECTO AFETIVO: desenvolvimento da iniciativa, da independência, da curiosidade, da motivação, etc.


ASPECTO SOCIAL: desenvolvimento das interações sociais, conhecimento das normas de conduta, direitos e deveres, desenvolvimento de valores éticos e morais.


ASPECTO PERCEPTIVO MOTOR: desenvolvimento e coordenação dos pequenos e grandes músculos.


OBSERVAÇÃO: O s aspectos afetivo e social devem acontecer concomitantemente aos aspecto cognitivo e perceptivo motor, onde emoções e normas de conduta andem de mãos dadas.

m bom planejamento deve contemplar estes aspectos e a partir daí, surgirão mil idéias para projetos que estimulem o desenvolvimento da criança, sem deixar de lado o lúdico, o prazeroso. ASPECTO COGNITIVO


Conhecimento Físico: - Aquisição das propriedades dos objetos:

1) Cor: Identificação das cores primárias através de brincadeiras e comparações, manipulação de tintas e da sua transformação em cores secundárias;

2) Formas: identificação das formas geométricas em diversos objetos de uso social e escolar através de brincadeiras, da manipulação dos objetos e de atividades direcionadas na pintura e recorte e colagem;

3) Textura: através do manuseio de objetos e de diversos tipos de papéis e tecidos, reconhecer as diferentes texturas, tais como liso, áspero, peludo, enrugado, macio, duro, ondulado, etc e a partir delas realizar diferentes expressões artísticas de desenho e pintura. Ex: desenho sobre lixa, desenho sobre camurça, tecido, microondulado, etc. Uma idéia linda é um livro de textura. sentir as diferentes texturas dos alimentos, crus, cozidos, assados, líquidos, pastosos, sólidos, etc;

4) Temperatura, Sabor e Odor: a partir das ações sociais e escolares diferenciar as temperaturas fria, gelada, morna e quente, sabor amargo, doce, salgado e odores diversos;

5) Som: Estimulação auditiva através dos diferentes sons de instrumentos da bandinha, de objetos em movimento e em queda, apreciação de categorias musicais, melódicas e vocais, observação dos diferentes animais e os sons emitidos por eles, tais como, mugido, rugido, grunhido, latido, etc;

6) Peso: através da manipulação de diversos objetos, identificar e estabelecer relações entre eles tais como, leve, tão leve quanto, pesado, tão pesado quanto, mais pesado que;

7) Tamanho: estabelecer as relações entre os objetos, tais como, maior, menor, mediano, alto, baixo, médio, etc;


OBSERVAÇÃO: Sempre trabalhar no concreto para depois fazer o registro no papel, pois, assim a apreensão será significativa e fácil para a criança

Conhecimento Lógico matemático: estruturação do conhecimento e conceituação de tempo e espaço, seriação, classificação e conservação.


1) Função social do número em horas, calendário, altura, peso, calçados e roupas, casas, etc, mostrando que o número pode ser utilizado com outros objetivos além da contagem;

2) Horas/momentos: diferenciação entre o dia e noite, o agora e o depois, etc;

3) Classificação e seriação através de conhecimentos vivenciados em sala de aula, como identificação da rotina, contagem na chamada(quantos somos? quantos vieram? quantos faltaram? mais meninas ou meninos? quem é o primeiro ou último da fila?) estudo do calendário, fazer coleções, estabelecer comparações de igualdade, semelhança e diferenças;

4) Aquisição de conservação das quantidades contínuas e descontínuas (massinha, areia e água).



OBSERVAÇÃO: Aqui podem surgir lindos trabalhos, tais como a criação de álbuns de recortes de animais, alimentos, brinquedos, botões, etc, bem como ordenar histórias, palitos de diferentes tamanhos, seqüência de cores em ordem linear direta e inversa, etc.

CONHECIMENTO SOCIAL:

- Adquirir conceitos sobre a sua pessoa _ EU _ e estabelecer relações de igualdade e diferenças com as outras pessoas com as quais a criança convive na escola e na sociedade (OUTRO), família, etc. Letras, números, formas e cores e datas comemorativas também são conhecimentos sociais, pois, são nomenclaturas criadas e utilizadas pelos homens.

- Identificação da criança _ EU - como parte do MEIO e a importância de preservá-lo como garantia de sobrevivência;


1)reconhecer o corpo como um todo e em partes (corpo humano), diferenciar os corpos existentes na sala ressaltando o respeito as diferenças (altura, peso, raça, necessidades especiais, etc) através de desenhos impressos, recortes, quebra-cabeças, marcas do tempo, brincadeiras e músicas;

2)reconhecimento das letras a partir do seu nome e do nome dos companheiros de classe e membros de sua família, músicas, pesquisas em sala de aula e em casa;

3)reconhecer os membros de sua família, reconhecer as diferentes famílias, através de livros, pesquisas, entrevistas;

4)reconhecimento da sociedade com a qual convive: escola, bairro e cidade, profissões, meios de transportes e comunicação;

5)reconhecimento dos números através da sua função social (idade, peso, altura, calçados e roupas, calendário, contagem de alunos, etc), música, brincadeiras, encaixes de pinos, bingos, boliches, etc;

6) datas comemorativas: através de conversas na roda, pesquisas em sala de aula e em casa desenvolver atividades de desenho, recorte e colagem, faz-de-conta, sucatas, relacionados às principais datas comemorativas e ou as datas estabelecidas pelo PPP da escola;

ressalte, a importância, a necessidade de preservação, a funcionalidade, a economia e os meios necessários para a utilização desses recursos sem esgotá-los. Exemplo de atividades legais: ciclo da água, experimento com feijão ou girassol, plantio de mudas e sementes em hortas ou floreiras, etc;

segue...

8)RECICLAGEM: transformação do lixo em luxo, o que podemos fazer para garantirmos o desperdício e aumentarmos o seu aproveitamento;


9)Alimentação: elevar a importância de termos uma boa alimentação, a finalidade de cada alimento, suas características, a mastigação, a experimentação dentro da sala de aula, a transformação de alimentos sólidos em líquidos e vice-versa.


OBSERVAÇÃO: O conhecimento social é uma rica fonte para projetosASPECTO SOCIAL E ASPECTO AFETIVO:


- Os dois aspectos caminham juntos com os demais, logo, todas as atividades, brincadeiras e conversas levarão em conta os valores e virtudes com base na RECIPROCIDADE!!!


ASPECTO PERCEPTIVO-MOTOR: Estão nas dramatizações, danças, brincadeiras, teatros de fantoches,alinhavos, monta-tudo, Lego, pinos de encaixes, desenhos, escritas,etc, que visam o desenvolvimento dos pequenos e grandes músculos.

Com base nesses princípios fica mais fácil a construção de um planejamento, de um projeto. Para isto basta deixar aflorar a criatividade.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Pedido de uma criança aos seus pais. [Image]


Não tenha medo de serem firmes comigo. Prefiro assim, isso faz com que eu me sinta mais segura.
Não me estraguem, sei que não devo ter tudo que peço, só estou experimentando vocês.
Não deixem que eu adquira maus hábitos, dependendo de vocês para saber o que é certo ou errado.
Não me corrijam com raiva nem na presença de estranhos, aprenderei muito mais se falarem comigo com calma e em particular. Não me protejam das conseqüências de erros, ás vezes eu preciso aprender pelo caminho áspero.
Não levem muito a sério as minhas pequenas dores, necessito delas para poder amadurecer.
Não sejam irritantes ao me corrigirem, se assim o fizerem, eu poderei ser o contrario do que me pedem.
Não me façam promessas que não poderão cumprir depois, lembre-se de que isso me deixa profundamente desapontado.
Não ponham a prova a minha honestidade, sou facialmente levado a fantasiar (mentir).
Não me apresente um Deus carrancudo e vingativo, isto me afastaria dele.
Não desconversem quando faço perguntas, se não me tornarei inseguro e será levado a procurar as respostas na rua todas as vezes que as tiveres em casa.
Não me mostre para mim como pessoas infalíveis, ficarei extremamente chocado quando descobrir um erro de vocês.
Não diga simplesmente que meus receios e medos são bobos, ajudem - me a compreendê-los.
Não digam que não consegue me controlar, eu me julgarei mas forte que vocês.
Não me tratem como uma pessoa sem personalidade, lembre-se de que eu tenho o meu próprio modo de ser.
Não aponte sempre os meus defeitos, principalmente, não me comparem com as outras crianças, respeitem minhas limitações e me ajudem a superá-las.
Não vivam me apontando os defeitos das pessoas que me cercam, isso irá criar em mim mais cedo ou mais tarde o espírito da intolerância.
Não desista nunca de me ensinar o bem, mesmo quando eu parecer não estar aprendendo. Insistam através do exemplo e, no futuro, vocês verão em mim o fruto daquilo que plantaram.

Somente com a nossa poderosa língua coisas como essa são possíveis...



"Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém,pouco praticou, pois Padre Pafúncio pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos,porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, pois pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam,permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precatar-se. Profundas privações passou Pedro Paulo.Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo...Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. Passando pela principal praça parisiense, partindo para Portugal, pediu para pintar pequenos pássaros pretos. Pintou, prostrou perante políticos, populares, pobres, pedintes.- Paris! Paris! - proferiu Pedro Paulo - parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir.Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu:- Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias?- Papai - proferiu Pedro Paulo - pinto porque permitiste, porém preferindo,poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas.Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando..."Permitam-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar...(autor desconhecido)

Vocês acham que matemática é só cálculo?




Se sim, devemos mudar essa idéia. Essa história abaixo foi reescrita com o objetivo de trabalhar a matemática de uma forma envolvente e contextualizada com a literatura infantil.


Venha se encantar com essa nova versão da história da Chapeuzinho Vermelho.
Chapeuzinho Vermelho foi levar frutas para sua vovó.

Chapeuzinho Vermelho sai de casa para levar
frutas para sua vovozinha. Pois quando a vovó
da chapeuzinho senta para comer frutas ela come:
4 morangos, 1 pêra, 1 mamão e 2 bananas.
Quantas frutas a vovó come de uma só vez?
Ao sair de casa para levar as frutas, a mamãe da chapeuzinho lhe
recomendou muito cuidado pelo caminho, pois a sua avó mora 16 km de
distância e todo o trajeto até a casa da vovó é feito pela floresta. Cansada de
tanto andar, chapeuzinho sentou-se para descansar, então percebeu que já
tinha andado apenas ¼ do trajeto, e pensou:
__ Ufa !!! Quanto falta para eu chegar à casa da minha vovó?
Lá no meio da floresta mora um lobo que adora comer frutinhas, e a sua preferida é o mamão.
Que o faz ficar com os pêlos macios e sedosos.
Na cesta que a mãe da chapeuzinho preparou ela colocou: 3
bananas, 6 morangos, 1 mamão e uma pêra.
Chapeuzinho continuou seu caminho. Andou, andou, andou....
até que foi surpreendida pela presença do lobo, ela levou o maior
susto!!! Mesmo assustada conversou com ele.
__ Seu lobo me ajude a levar esta cesta até a casa da vovó!
__ HÁ, HÁ, HÁ!!! CLARO MINHA PRINCESA! MAS O QUE VOU GANHAR EM TROCA?
__ O que você quer seu lobo?
__ BOM! POR MIM PEGARIA TODAS AS FRUTAS, MAS COMO VOCÊ É UMA MENINA MUITO BOA, EU SÓ QUERO O MAMÃO PORQUE EU ADOOOOORO!
__ Seu lobo, eu te dou, porém preciso levar pelo menos 1/3 do mamão para minha vovó ela também adooooora!
E agora quem irá comer a maior parte?
O lobo ou a vovozinha?
O lobo aceitou a proposta e acompanhou chapeuzinho até a casa da sua vovozinha.
Ao chegar sua avó ficou muito contente! Muito ansiosa comeu todas as frutas num piscar de olhos. Ela estava com MUITA fome!
__ Hummm ... Gulosa!!!!
A vovó pediu que sua netinha voltasse correndo para buscar mais frutas. Chapeuzinho se despediu e foi andando.
__ Ande logo minha netinha!
E da próxima vez, vê se trás pelo menos duas dúzias
de morangos, meia dúzia de bananas e uns 7 mamãos.
Pois quero comer frutas por vários dias ...
__ Ufa! Vovó. Quantas frutas mesmo eu tenho que trazer?
__ Ai! Já estou cansada só de pensar.

O caso "Chapeuzinho Vermelho": como "foi" divuldado na imprensa



JORNAL NACIONAL

(William Bonner): 'Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem...'.
(Fátima Bernardes): '... mas a atuação de um caçador evitou uma tragédia'.

PROGRAMA DA HEBE

(Hebe Camargo): '... que gracinha gente. Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?'

BRASIL URGENTE

(Datena): '... onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades? ! A menina ia para a casa da vovozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva... Um lobo, um lobo safado. Põe na tela!! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não.'

REVISTA VEJA

Lula sabia das intenções do lobo.

REVISTA CLÁUDIA

Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho.

FOLHA DE S. PAULO

Legenda da foto: 'Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador'. Na matéria, box com um zoólogo explicando os hábitos dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.

O ESTADO DE S. PAULO

Lobo que devorou Chapeuzinho seria filiado ao PT.

O GLOBO

Petrobrás apóia ONG do lenhador ligado ao PT que matou um lobo pra salvar menor de idade carente. AGORA Sangue e tragédia na casa da vovó

REVISTA CARAS

(Ensaio fotográfico com Chapeuzinho na semana seguinte)
Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: 'Até ser devorada,eu não dava valor para muitas coisas da vida. Hoje sou outra pessoa'

REVISTA ISTO É

Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.

SUPER INTERESSANTE

Lobo mau! mito ou verdade ?

DISCOVERY CHANNEL

Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva e sobreviver.

Chapeuzinho Vermelho X Fita Verde no cabelo



Queridos internautas, o que iremos apresentar aqui trata-se de uma comparação de semelhanças e diferenças dos textos chapeuzinho vermelho, dos irmãos Grimm e fita verde no cabelo, de Guimarães Rosa.
A estória de Chapeuzinho Vermelho traz personagens variados e com características específicas como a desobediência da própria Chapeuzinho, o heroísmo do lenhador, a esperteza do lobo mau, a inocência da vovozinha. A forma com que o texto é apresentado propõe às crianças usar do mundo imaginário. Já a estória de Fita Verde no cabelo é destacada por personagens reais que vivenciam também situações reais.
A menina é uma criança normal, que, ao receber a ordem de sua mães para levar os doces a casa da vovó, tenta reviver a estória dos irmãos Grimm e acaba se decepcionando pois os lenhadores são trabalhadores, a vovó é uma velhinha doente e à beira da morte e não há nenhum lobo aterrorizador. Embora existam estas diferenças, também podemos destacar algumas semelhanças, como, a responsabilidade das meninas em levar os doces à casa da vovó, a existência de duas opções do caminho, a chegada à casa da vovó de forma ressabiada. Cada estória possui seus objetivos específicos. Os Irmãos Grimm, por exemplo, relaciona-se com a questão de romantismo, heroísmo, fantasia, final feliz, apesar das dificuldades; já o texto de Guimarães Rosa trata da realidade. Seu objetivo é conscientizar e relacionar a dor da morte como forma de crescimento e amadurecimento, além de destacar como desfecho da estória a morte da vovó. É nessa perspectiva de realidade e ficção que proporcionamos aos nossos leitores oportunidades de conhecer outras versões como estas dos Irmãos Grimm e Guimarães Rosa, que além de dar asas à imaginação e à fantasia, mostram um outro lado da realidade. Vale a pena ler os dois textos, pois mesmo focando os principais personagens como a Chapeuzinho, vovó e lobo mau, os textos acabam surpreendendo o leitor pela forma como são conduzidos, sendo de um lado a fantasia e de outro uma realidade que se torna uma lição de vida. A partir destes estudos podemos trabalhar estes dois textos em sala de aula da seguinte forma, sugerimos dividir a turma em dois grupos e realizar a leitura, dando a cada grupo a oportunidade de elaborar possíveis finais para as estórias. O professor deve observar os pontos principais que o grupo encontrou e propor aos alunos que falem as diferenças e semelhanças entre os dois textos. Por fim, os alunos poderão dramatizar as duas estórias como uma forma interação com a leitura.

METODOLOGIA DE MARIA MONTESSORI


O método montessoriano foi concebido no início do século XX, na Itália, por Maria Montessori. Originalmente era usado para o treino de crianças portadoras de deficiências. Sua principal característica é o uso de atividades motoras e sensoriais, visando especialmente à educação pré-escolar. É um método de trabalho individual, com atividades específicas para estimular as percepções, voltado mais para o ser biológico do que para o ser social. Utiliza um material específico para a estimulação sensorial e a criança é livre para escolher o que vai usar. Sua liberdade, no entanto, restringe-se a objetos preestabelecidos, sempre os mesmos, típicos para cada gênero de atividade. Não é, evidentemente, baseado nas concepções construtivistas.

A pedagogia Montessoriana relaciona-se a normatização (consiste em harmonizar a interação de forças corporais e espirituais, corpo, inteligência e vontade). As escolas do Sistema Montessoriano são difundidas pelo mundo todo. O método Montessoriano tem por objetivo a educação da vontade e da atenção, com o qual a criança tem liberdade de escolher o material a ser utilizado, alem de proporcionar a cooperação. Os princípios fundamentais do sistema Montessori são: a atividade, a individualidade e a liberdade. enfatizando os aspectos biológicos, pois, considerando que a vida é desenvolvimento, achava que era função de educação favorecer esse desenvolvimento. Os estímulos externos formariam o espírito da criança, precisando portanto ser determinados.

Assim, na sala de aula, a criança era livre para agir sobre os objetos sujeitos a sua ação, mas estes já estavam preestabelecidos, como os conjuntos de jogos e outros materiais que desenvolveu. A pedagogia de Montessori insere-se no movimento das Escolas Novas, uma oposição aos métodos tradicionais que não respeitavam as necessidades e os mecanismos evolutivos do desenvolvimento da criança. Ocupa um papel de destaque neste movimento pelas novas técnicas que apresentou para os jardins de infância e para as primeiras séries do ensino formal. O material criado por Montessori tem papel preponderante no seu trabalho educativo pois pressupõem a compreensão das coisas a partir delas mesmas, tendo como função a estimular e desenvolver na criança, um impulso interior que se manifesta no trabalho espontâneo do intelecto.

Ela produz uma série de cinco (5) grupos de materiais didáticos:
- Exercícios Para a Vida Cotidiana;
- Material Sensorial;
- Material de Linguagem;
- Material de Matemática;
- Material de Ciência.

Estes materiais se constituem de peças sólidas de diversos tamanhos e formas: caixas para abrir, fechar e encaixar; botões para abotoar; série de cores, de tamanhos, de formas e espessuras diferentes. Coleções de superfícies de diferentes texturas e campainhas com diferentes sons.

O Material Dourado é um dos materiais criado por Maria Montessori. Este material baseia-se nas regras do sistema de numeração, inclusive para o trabalho com múltiplos, sendo confeccionado em madeira, é composto por: cubos, placas, barras e cubinhos. O cubo é formado por dez placas, a placa por dez barras e a barra por dez cubinhos. Este material é de grande importância na numeração, e facilita a aprendizagem dos algoritmos da adição, da subtração, da multiplicação e da divisão.

O Material Dourado desperta no aluno a concentração, o interesse, além de desenvolver sua inteligência e imaginação criadora, pois a criança, está sempre predisposta ao jogo. Além disso, permite o estabelecimento de relações de graduação e de proporções, e finalmente, ajuda a contar e a calcular.

O aluno usa (individualmente) os materiais a medida de sua necessidade e por ser autocorretivo faz sua auto-avaliação. Os professores são auxiliares de aprendizagem e o sistema peca pelo individualismo. Embora, hoje sua utilização é feita em grupo. No trabalho com esses materiais a concentração é um fator importante. As tarefas são precedidas por uma intensa preparação, e, quando terminam, a criança se solta, feliz com sua concentração, comunicando-se então com seus semelhantes, num processo de socialização. A livre escolha das atividades pela criança é outro aspecto fundamental para que exista a concentração e para que a atividade seja formadora e imaginativa. Essa escolha se realiza com ordem disciplina e com um relativo silêncio. O silêncio também desempenha papel preponderante. A criança fala quando o trabalho assim o exige, a professora não precisa falar alto. Pés e mãos tem grande destaque nos exercícios sensoriais( não se restringem apenas aos sentidos), fornecendo oportunidade às crianças de manipular os objetos, sendo que a coordenação se desenvolve com o movimento. Em relação à leitura e escrita, na escola montessoriana, as crianças conhecem as letras e são introduzidas na análise das palavras e letras; estando a mão treinada e reconhecendo as letras, a criança pode escrever palavras e orações inteiras. Em relação à matemática os materiais permitem o reconhecimento das formas básicas, permitem o estabelecimento de graduações e proporções, comparações, induzem a contar e calcular.

Os doze pontos do Método Montessori

Baseia-se em anos de observação da natureza da criança por parte do maior gênio da educação desde Froebel.

Demonstrou ter uma aplicabilidade universal.

Revelou que a criança pequena pode ser um amante do trabalho, do trabalho intelectual, escolhido de forma espontânea, e assim, realizado com muita alegria.

Baseia-se em uma necessidade vital para a criança que é a de aprender fazendo. Em cada etapa do crescimento mental da criança são proporcionadas atividades correspondentes com as quais se desenvolvem suas faculdades.

Ainda que ofereça à criança uma grande espontaneidade consegue capacitá-la para alcançar os mesmos níveis, ou até mesmo níveis superiores de sucesso escolar, que os alcançados sobre os sistemas antigos.

Consegue uma excelente disciplina apesar de prescindir de coerções tais como recompensas e castigos. Explica-se tal fato por tratar-se de uma disciplina que tem origem dentro da própria criança e não imposta de fora.

Baseia-se em um grande respeito pela personalidade da criança, concedendo-lhe espaço para crescer em uma independência biológica, permitindo-se à criança uma grande margem de liberdade que se constitui no fundamento de uma disciplina real.

Permite ao professor tratar cada criança individualmente em cada matéria, e assim, fazê-lo de acordo com suas necessidades individuais.

Cada criança trabalha em seu próprio ritmo.

Não necessita desenvolver o espírito de competência e a cada momento procura oferecer às crianças muitas oportunidades para ajuda mútua o que é feito com grande prazer e alegria.

Já que a criança trabalha partindo de sua livre escolha, sem coerções e sem necessidade de competir, não sente as tensões, os sentimentos de inferioridade e outras experiências capazes de deixar marcas no decorrer de sua vida.

O método Montessori se propõe a desenvolver a totalidade da personalidade da criança e não somente suas capacidades intelectuais. Preocupa-se também com as capacidades de iniciativa, de deliberação e de escolhas independentes e os componentes emocionais.

Vera Lúcia Camara F. Zacharias, mestre em educação, pedagoga, diretora de escola aposentada, com vasta experiência na área educacional em geral, palestrante, realiza assessoria e capacitação de profissionais nos mais diversos segmentos da área educacional. A italiana Maria Montessori (1870-1952) foi uma das pioneiras da educação pré-escolar e da Escola Nova. Personagem obrigatória de qualquer antologia de grandes pedagogos, ela desenvolveu sua "pedagogia científica" baseada principalmente na transposição de métodos desenvolvidos no trabalho com crianças "anormais" para o trabalho com crianças "normais".

Influenciada por Rousseau e pelo desejo de adequar a educação às possibilidades das crianças, Montessori inaugurou em 1907, em Roma, a famosa Casa dei Bambini, onde experimentou inúmeras inovações. Foi com ela que surgiram novidades tão básicas como mesas e cadeiras menores para as salas de Educação Infantil e a utilização de brinquedos educativos.

Ainda que suas posições fossem avançadíssimas para sua época, algumas das concepções de Montessori foram criticadas por educadores (entre eles, Freinet), que apontavam o risco de promover um trabalho excessivamente diretivo e isolado do contexto cultural das crianças.

E, de fato, ao consultarmos seus textos, podemos constatar que, na concepção de Montessori, cada brinquedo educativo tem uma função muito clara (por exemplo, ensinar a amarrar os sapatos, mostrar as formas geométricas, etc.) e ela chega a afirmar que até os gestos da criança devem ser guiados pela educadora caso não se conformem à função de cada objeto. Atualmente, a importância dos brinquedos e de brincar é vista de uma maneira diferente, e sabe-se também a importância dos jogos em que os brinquedos podem ser aproveitados de maneira mais livre pelas crianças, integrando-se aos seus processos de imaginação.

Centros de educação inspirados em Montessori possuem ambientes bem organizados, com inúmeras opções de atividades para as crianças. Hoje em dia, na maioria dos casos, escolas que se autodenominam montessorianas equilibram seu currículo com atividades lúdicas mais abertas que as preconizadas pela grande educadora italiana em seu trabalho pioneiro e ainda interessante para nós.

Aspectos da Literatura Infantil

Aspectos da Literatura Infantil

A Literatura Infantil vai ao encontro do imaginário da criança e a leva ao mundo dos sonhos e do encantamento. Porém, é preciso estar atento para não torná-la apenas mais um suporte com fim utilitário pedagógico. Permitir que a criança interaja com as palavras, sons e imagens que compõem o texto literário é dar a ela oportunidade de “vivenciar” a estória, desenvolvendo a criatividade a partir do pensamento infantil.
De acordo com Palo e Oliveira (2006), o processo tradicional da construção da personagem-padrão na literatura, qualifica a mesma entre sete funções específicas: herói, falso herói, agressor, doador, mandante, auxiliar, pessoa procurada. Isso faz com que a personagem tenha características humanas, projetando a estória para o fim pedagógico dito anteriormente, ou seja, que tenha algum ensinamento social e humano à criança. Já na produção literária contemporânea, segundo as autoras, existe uma ruptura com as funções tradicionais da personagem. Ocorre uma desconstrução tanto do aspecto físico quanto do psicológico da mesma, o que contraria algumas funções pré-estabelecidas na literatura infantil. Isso pode ser percebido no livro “O menino que espiava para dentro” de Ana Maria Machado em que Lucas, o personagem principal, não está ali para trazer algum ensinamento social para a criança, mas traz consigo o resgate da fantasia, do encantamento, da possibilidade de se brincar em outros reinos e de ser outros seres. Lucas até criou um amigo imaginário para lhe fazer companhia quando “espiava para dentro”. E quando isso acontecia, eles se viam cercados por fadas, duendes e gnomos.
A construção da narrativa, de acordo com Palo e Oliveira (2006), se dá a partir de um processo de comunicação entre alguém que narra (O Narrador) algo (a Intriga) para alguém (Leitor). Na literatura infantil, o foco narrativo é de duas naturezas: a verbal e a visual. Na natureza verbal, é importante destacar traços da oralidade que compõem e ganham expressão no texto escrito. Também ganha força o uso de figuras de linguagem como: metáforas, que permitem comparações, onomatopéias que, a partir dos sons, possibilita a simulação de um barulho de trem, por exemplo, dentre tantas outras que compõem a rima literária. Valendo-me do livro “O menino que espiava para dentro” exemplificarei a natureza verbal e alguns de seus traços com citações da estória: “... ele esticava a mão no meio da poeira dançarina...”; “... viu bosques de caramelo...”; “... mergulhou fundo na terra, morou em conchas redondas...”, esses são alguns exemplos de figuras de linguagens utilizadas pela autora para resgatar a fantasia e o encantamento no texto literário. Já na natureza visual, pode-se criar suspense a partir do jogo de imagens verbais ou não que, segundo Palo e Oliveira (2006), podem ser criados com diversos materiais e procedimentos técnicos de reprodução. Em “O menino que espiava para dentro” a própria capa do livro que traz a foto de um menino, supostamente o personagem Lucas, a imagem remete a um ser pensativo com o olhar distante o que, juntamente com o título, fortalece o suspense da estória.
Ao trabalhar a leitura com as crianças, principalmente no caso da literatura infantil, é importante considerar algumas estratégias que devem ser desenvolvidas com as mesmas. De acordo com as autoras, não é possível seguir uma regra imposta pelo código alfabético; é preciso estar atento para captar realidades que escapam ao controle da sucessividade linear. Cabe ao leitor articular ideias que permitam que ele “navegue” pelos componentes da literatura infantil. Compreendendo que, a partir de brincadeiras e disposições de palavras e/ou imagens feitas propositalmente pelo autor, pode-se captar realidades não explícitas, mas que estão inseridas no texto. A partir do trabalho em sala de aula com a estória “O menino que espiava para dentro”, é fundamental que os alunos se envolvam e se encantem com a mesma, possibilitando que se libertem através da fantasia tornando-se cada vez mais criativos e autônomos, capazes de construírem também suas próprias estórias.

Andréia de Fátima Silva – Aluna do 6º Período do curso de Pedagogia da Faculdade Pitágoras de Belo Horizonte/MG.

Referência Bibliográfica:
PALO, Maria José; OLIVEIRA, Maria Rosa D. Literatura infantil: voz de criança. 4ª edição. São Paulo: Ática, 2006.

Junho de 2009.

A BAILARINA


A BAILARINA

Chico Buarque

Procurando bem todo mundo tem pereba,
Marca de bexiga ou vacinaE tem piriri, tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira, verruga, nem frieira
Nem falta de maneira ela não temFutucando bem, todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem um irmão meio zarolho,
Só a bailarina que não tem
Nem unha encardida, nem dente com comida
Nem casaca de ferida ela não tem
Não livra ninguém,
Todo mundo tem remela quando acorda às seis da matina
Teve escarlatina ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem
Medo de subir, gente
Medo de cair,gente, medo de vertigem quem não tem?
Confessando bem,
Todo mundo faz pecado, logo assim que a missa termina
Todo mundo tem um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem
Sujo atrás da orelha, bigode de groselha
Calcinha um pouco velha ela não tem
O padre também pode até ficar vermelho
Se o vento levanta a batina
Reparando bem todo mundo tem pentelho
Só a bailarina que não tem
Sala sem mobília, goteira na vasilha
Problema na família, quem não tem?
Procurando bem...
Todo mundo tem...
Procurando bem...
A bailarina - Textos de Cecília Meireles e de Ieda Dias

A Bailarina

Cecília Meireles

Esta menina tão pequenina
quer ser bailarina.
Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá
mas inclina o corpo para cá e para lá.
Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os olhos e sorri.

Roda, roda, roda com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.
Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.

in Ou isto ou aquilo, Ed. Nova Fronteira

A BAILARINA


Mariana Pequenina
Vive a bailar
Meia volta
Volta e meia
Um pé no chão
Outro no ar.

Mariana bailarina
Gira e roda
Sem cessar;
Girando
Rodopiando
Virou pontinho no ar!

In: DIAS, Ieda. Cação da menina descalça. Belo Horizonte: RHJ, 1993.

Como Estrelas Na Terra-Toda Criança É Especial

BabaYaga Como Estrelas Na Terra Toda Criança É Especial   DVDRip XviD Legendado

Titulo Original: Taare Zameen Par – Every Child is Special

Título Traduzido: Como Estrelas Na Terra-Toda Criança É Especia
Gênero: Drama
Duração: 2h42min
Diretor: Aamir Khan
Ano de Lançamento: 2007
Uploader e Riper: BabaYaga
Taare Zameen Par – filme da produção de Bollywood – conta a história de uma criança que sofre com dislexia e custa a ser compreendida. Ishaan Awasthi, de 9 anos, já repetiu uma vez o terceiro período (no sistema educacional indiano) e corre o risco de repetir de novo. As letras dançam em sua frente, como diz, e não consegue acompanhar as aulas nem focar sua atenção. Seu pai acredita apenas na hipótese de falta de disciplina e trata Ishaan com muita rudez e falta de sensibilidade. Após serem chamados na escola para falar com a diretora, o pai do garoto decide levá-lo a um internato, sem que a mãe possa dar opinião alguma. Tal atitude só faz regredir em Ishaan a vontade de aprender e de ser uma criança. Ele visivelmente entra em depressão, sentindo falta da mãe, do irmão mais velho, da vida… e a filosofia do internato é a de disciplinar cavalos selvagens. Inesperadamente, um professor substituto de artes entra em cena e logo percebe que algo de errado estava pairando sobre Ishaan. Não demorou para que o diagnóstico de dislexia ficasse claro para ele, o que o leva a por em prática um ambicioso plano de resgatar aquele garoto que havia perdido sua réstia de luz e vontade de viver. O filme é uma obra prima do até então ator e produtor Aamir Khan.
Tamanho: 850 Mb
Resolução: 608 x 272
Frame Rate: 23 Fps
Formato: DVDRip
Qualidade de Audio: 10
Qualidade de Vídeo: 10
Codec do Vídeo: XviD
Codec do Áudio: Mp3
Idioma: Inglês/Hindu
Legenda PtBr

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Oração do Professor

Oração do Professor

Dai-me, Senhor, o dom de ensinar,


Dai-me esta graça que vem do amor.


Mas, antes do ensinar, Senhor,


Dai-me o dom de aprender.


Aprender a ensinar


Aprender o amor de ensinar.


Que o meu ensinar seja simples, humano e alegre, como o amor.


De aprender sempre.


Que eu persevere mais no aprender do que no ensinar.


Que minha sabedoria ilumine e não apenas brilhe


Que o meu saber não domine ninguém, mas leve à verdade.


Que meus conhecimentos não produzam orgulho,


Mas cresçam e se abasteçam da humildade.


Que minhas palavras não firam e nem sejam dissimuladas,


Mas animem as faces de quem procura a luz.


Que a minha voz nunca assuste,


Mas seja a pregação da esperança.


Que eu aprenda que quem não me entende


Precisa ainda mais de mim,


E que nunca lhe destine a presunção de ser melhor.


Dai-me, Senhor, também a sabedoria do desaprender,


Para que eu possa trazer o novo, a esperança,


E não ser um perpetuador das desilusões.


Dai-me, Senhor, a sabedoria do aprender


Deixai-me ensinar para distribuir a sabedoria do amor.

Antonio Pedro Schlindwein


Fonte: w.w.w.mensagensnaweb.com/

“Ensina o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.”
(Pv 22.6)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Sou Pedagoga!

Oba!
Acabei a Faculdade! Agora sou pedagoga!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Pura realidade

O resfriado escorre quando o corpo não chora.

A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.

O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.

O diabetes invade quando a solidão dói.

O corpo engorda quando a insatisfação aperta.

A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.

O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.

A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.

As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.

O peito aperta quando o orgulho escraviza.

O coração enfarta quando chega a ingratidão.

A pressão sobe quando o medo aprisiona.

As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza.

A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.

domingo, 29 de agosto de 2010

Personagens do folclore

O Mapinguari Mapinguari é o mais popular dos monstros da Amazônia. Seu domínio entende-se pelo Pará, Amazonas e Acre, causando medo aos que moram nas matas, e nas margens desertas dos grandes lagos e lagoas.

O Zumbi Figura misteriosa e pouco divulgada como mito dentro do nosso folclore. Ora evoca o guerreiro escravo Zumbi, ora um "ente" do além que vaga pelas noites à procura de vítimas.

O Saci Pererê O moleque Saci, que ora se transforma em pássaro, ou redemoinho de vento, pode ser o mais conhecido, mas não o mais antigo do nosso Folclore.

A Mulher da Meia Noite Você sabia que a Mulher da Meia Noite tem uma versão até em Fernando de Noronha? Longe de ser um mito local, é global, ocorre em todo o mundo.

Bibliografia Veja a bibliografia usada em nossa pesquisa. Preferimos usar mais de uma fonte. Pontos de vista de diferentes pesquisadores tendem a se complementar, enriquecendo as informações.

Chibamba Mito pouco conhecido do nosso folclore. Chibamba é um remanescente dos rituais negros da África. Mais tarde se transformaria na Cuca, ou no Negro Velho.

O Barba Ruiva Homem encantado, que vive na lagoa de Paranaguá, Piauí. Branco, de cabelos vermelhos. Embora cause medo, é inofensivo.

A Cabeça Satânica Dizem que este "ser" seria a encarnação do mal. Aparece nos lugares ermos e amaldiçoados. É uma Cabeça que persegue sua vítimas pulando como uma bola.

Marcador de livros


Sites Interessantes

http://www.juliomachado.com.br/

http://www.celsoantunes.com.br/

http://www.jamarmonteiro.com.br/

http://sitededicas.uol.com.br/cinf.htm

http://www.casadozezinho.org.br/blogpost.php?CodPost=114

domingo, 15 de agosto de 2010

Folclore

Cultura popular: aulas ricas o ano todo

Agosto é o mês dedicado ao folclore.

Chame a família dos alunos e a comunidade para participar das pesquisas sobre esse tema tão rico. Afinal, é exatamente assim que a cultura popular se alimenta: das lembranças coletivas, da oralidade, da transmissão de rezas, simpatias, receitas e histórias. Outro exemplo da riqueza cultural do nosso povo são as superstições, como a citada no conto A Lenda do Preguiçoso, de Giba Pedroza, de São Paulo: se o pai cruza as pernas quando o filho nasce, a criança pode ficar "manhosa"!

A cultura popular deve estar entranhada no cotidiano escolar, como um tema transversal. Se isso ainda não é realidade para sua classe, inclua no planejamento atividades com parlendas, quadrinhas e ditados populares.

Confira, a seguir, como utilizar o texto em classe. O plano de aula, para turmas de 3ª e 4ª séries, foi criado por Célia Regina Pereira do Nascimento, coordenadora da sala de leitura da Escola da Vila, em São Paulo.

Material necessário

uma caixa grande de papelão para montar um baú;
tintas ou papéis coloridos;
papéis para anotação das pesquisas e das quadrinhas;
grampeador;
fitas de cetim coloridas ou linha e agulha para bordar;
aparelho de som para tocar CDs ou fitas cassete.

Objetivos

Identificar elementos da cultura popular presentes no cotidiano de todos, dar significado e valor a esses elementos compreendendo suas características, suas conexões com o conhecimento escolar e suas formas de transmissão informais, estabelecer diálogos com pesoas de outras faixas etárias e outros grupos sociais, compreender como os pais, os avós e outros adultos da comunidade são sujeitos de transmissão da cultura popular e aplicar procedimentos de pesquisa de campo.

Um dedo de prosa

Que tal começar o trabalho convidando as crianças para uma conversa ao redor de uma fogueira imaginária? Leia para a turma A Lenda do Preguiçoso e explique que a narrativa foi escrita por um contador de histórias.

Peça que a turma pense sobre como as histórias, antigamente, eram transmitidas de geração a geração apenas de forma oral.

Pergunte: Quantas superstições estão presentes no conto de Giba Pedroza? Quantos personagens e objetos populares aparecem? E cenas do cotidiano? Cuidado para não fazer uma análise prévia do texto.Agora, proponha que as crianças recuperem, com os pais ou avós, uma história real relativa ao universo familiar que envolva uma superstição?Depois sugira que elas dramatizem A Lenda do Preguiçoso ou a recontem de outras maneiras.O Baú da SabedoriaFeita essa introdução, proponha a realização de um projeto com uma semana de duração. Logo na segunda-feira lance o Baú de Sabedoria Popular — se a turma preferir, pode batizá-lo com outro nome.Ajude o grupo a definir o que colocar dentro dele: provérbios, simpatias, superstições, ditados, receitas...Explique aos pequenos que eles devem realizar a pesquisa como os folcloristas, saindo para coletar dados. As informações obtidas em casa, com parentes e amigos, e na escola, com funcionários e professores, devem ser anotadas antes de ir para o baú.Só na sexta-feira todos participam da abertura do baú e socializam o que foi recolhido.O resultado pode ser um mural ou um livro de colagens, com páginas grandes, como se fosse um daqueles almanaques antigos.

Hora de escrever um livro

Agora é o momento de montar um Livro de Ouro de Quadrinhas. Conte que o livro de ouro é o precursor das agendas (ou diários) de estudante, com textos e bilhetes de amigos.Para a versão aqui proposta, cada aluno deve trazer uma quadrinha popular pesquisada em casa, na memória familiar ou nos livros da biblioteca, devidamente transcrita (com letras grandes e bonitas) numa folha de papel. A página deve ganhar um desenho ou uma borda enfeitada, como nos livros antigos.Para montar o livro, grampeiam-se as folhas. Os grampos são escondidos por uma fita de cetim. Se possível, perfure e costure o volume com linha de bordar. Ele vai ficar um charme.O livro pronto pode permanecer na sala de leitura ou na classe, para consulta. A garotada pode ainda fazer um sarau para os colegas menores.Todos vão soltar a voz Cantar sempre foi uma das máximas expressões populares dos povos. A garotada pode pesquisar as cantigas que pais e avós cantavam em casa, as músicas mais queridas pela família etc.O Brasil é um país muito grande e, por isso, as expressões musicais são diferentes em cada região. Se a família da meninada é de diferentes lugares, será fácil pesquisar e selecionar ritmos variados, como forrós no Nordeste ou sambas e chorinhos do Sudeste.Os alunos podem trazer fitas cassete e CDs com as letras (vá até a banca mais próxima e compre um exemplar de ESCOLA com o CD Músicas Folclóricas 2, que custa só 4,99 reais). Não esqueça: a família também é ótima fonte de pesquisa para esta seqüência.Para concluir o trabalho, organize um festival de cantigas de roda.

Quer saber mais?

ContatosEscola da Vila, R. Alfredo Mendes da Silva, 55, 05525-000, São Paulo, SP, tel. (11) 3751-5255BIBLIOGRAFIAAntologia do Folclore Brasileiro, Luis da Câmara Cascudo, 352 págs. (vol. 1), 336 págs. (vol. 2), Ed. Global, tel. (11) 3277-799, 49 reais cada umArmazém do Folclore, Ricardo Azevedo, 128 págs., Ed. Ática, tel. (11) 3346-3000, 17,50 reaisMeu Livro de Folclore, Ricardo Azevedo, 72 págs., Ed. Ática, 17,50 reais

Fonte: RevistaNova Escola

sábado, 7 de agosto de 2010

sábado, 31 de julho de 2010

A lenda do preguiçoso

Diz que era uma vez um homem que era o mais preguiçoso que já se viu debaixo do céu e acima da terra. Ao nascer nem chorou, e se pudesse falar teria dito:

"Choro não. Depois eu choro".

Também a culpa não era do pobre. Foi o pai que fez pouco caso quando a parteira ralhou com ele: "Não cruze as pernas, moço. Não presta! Atrasa o menino pra nascer e ele pode crescer na preguiça, manhoso".

E a sina se cumpriu. Cresceu o menino na maior preguiça e fastio. Nada de roça, nada de lida, tanto que um dia o moço se viu sozinho no pequeno sítio da família onde já não se plantava nada. O mato foi crescendo em volta da casa e ele já não tinha o que comer. Vai então que ele chama o vizinho, que era também seu compadre, e pede pra ser enterrado ainda vivo. O outro, no começo, não queria atender ao estranho pedido, mas quando se lembrou de que negar favor e desejo de compadre dá sete anos de azar...

E lá se foi o cortejo. Ia carregado por alguns poucos, nos braços de Josefina, sua rede de estimação. Quando passou diante da casa do fazendeiro mais rico da cidade, este tirou o chapéu, em sinal de respeito, e perguntou:

"Quem é que vai aí? Que Deus o tenha!"

"Deus não tem ainda não, moço. Tá vivo."

E quando o fazendeiro soube que era porque não tinha mais o que comer, ofereceu dez sacas de arroz. O preguiçoso levantou a aba do chapéu e ainda da rede cochichou no ouvido do homem:

"Moço, esse seu arroz tá escolhidinho, limpinho e fritinho?"

"Tá não."

"Então toque o enterro, pessoal."

E é por isso que se diz que é preciso prestar atenção nas crendices e superstições da ciência popular.

Conto de Giba Pedroza

Caixa de Costuras