domingo, 8 de julho de 2012

Festa junina - cantigas

CAPELINHA DE MELÃO
João de Barros e Adalberto Ribeiro

Capelinha de melão
é de São João.
É de cravo, é de rosa,
é de manjericão.
São João está dormindo,
não me ouve não.
Acordai, acordai,
acordai, João.
Atirei rosas pelo caminho.
A ventania veio e levou.
Tu me fizeste com seus espinhos uma coroa de flor.

PEDRO, ANTÔNIO E JOÃO
Benedito Lacerda e Oswaldo Santiago

Com a filha de João
Antônio ia se casar,
mas Pedro fugiu com a noiva
na hora de ir pro altar.
A fogueira está queimando,
o balão está subindo,
Antônio estava chorando
e Pedro estava fugindo.
E no fim dessa história,
ao apagar-se a fogueira,
João consolava Antônio,
que caiu na bebedeira.

BALÃOZINHO

Venha cá, meu balãozinho.
Diga aonde você vai.
Vou subindo, vou pra longe,
vou pra casa dos meus pais.

Ah, ah, ah, mas que bobagem.
Nunca vi balão ter pai.
Fique quieto neste canto,
e daí você não sai.

Toda mata pega fogo.
Passarinhos vão morrer.
Se cair em nossas matas,
o que pode acontecer.
Já estou arrependido.

Quanto mal faz um balão.
Ficarei bem quietinho,
amarrado num cordão.

SONHO DE PAPEL
Carlos Braga e Alberto Ribeiro

O balão vai subindo, vem caindo a garoa.
O céu é tão lindo e a noite é tão boa.
São João, São João!
Acende a fogueira no meu coração.

Sonho de papel a girar na escuridão
soltei em seu louvor no sonho multicor.
Oh! Meu São João.
Meu balão azul foi subindo devagar
O vento que soprou meu sonho carregou.
Nem vai mais voltar.

PULA A FOGUEIRA
João B. Filho

Pula a fogueira Iaiá,
pula a fogueira Ioiô.
Cuidado para não se queimar.
Olha que a fogueira já queimou o meu amor.

Nesta noite de festança
todos caem na dança
alegrando o coração.
Foguetes, cantos e troca na cidade e na roça
em louvor a São João.
Nesta noite de folguedo
todos brincam sem medo
a soltar seu pistolão.
Morena flor do sertão, quero saber se tu és
dona do meu coração.

CAI, CAI, BALÃO

Cai, cai, balão.
Cai, cai, balão.
Aqui na minha mão.
Não vou lá, não vou lá, não vou lá.
Tenho medo de apanhar.

Convite Festa Junina

Festa junina!


É tempo de fogueira, balões, sanfona animada, forrós, quadrilhas, bandeirolas coloridas e comidas gostosas. Tempo de usar vestido florido, camisa xadrez, botas. Ah! Não pode esquecer o chapéu de palha.
Tempo de fazer e de pagar promessas para Santo Antônio, São João e São Pedro. Pedir a eles proteção para uma boa colheita, para a terra continuar fértil e vigorosa.
São eles, os santos de junho, segundo a crença popular, que arrumam casamento bom, fazem adivinhações do futuro e possuem a chave da felicidade.
O Cheiro bom de milho verde cozido, mandioca e batata assada, amendoim torrado, cuscuz, canjica, pamonha, pé-de-moleque, melado de cana, bolo, quentão, misturado com muita animação, faz o povo dançar as quadrilhas ao redor da fogueira e ao som das sanfonas.
Algumas brincadeiras são especiais: cadeia, tiro ao alvo, pescaria, barraca com argolinhas, pau-de-sebo, correio-elegante.
Animação mesmo é quando começa a quadrilha. Essa é uma festa típica da região sudeste. Acontece principalmente em Minas Gerais e São Paulo. Mas é lá no Nordeste que se realizam as grandiosas festas juninas do Brasil. E do mundo! Campina Grande, na Paraíba e Caruaru, em Pernambuco vivem disputando para ver qual tem o maior São João da Terra. Violeiros, repentistas, emboladores e poetas se apresentam para alegrar ainda mais a festa. Em muitos lugares do Nordeste também é tempo de sair para as ruas e dançar o Bumba-Meu-Boi. Acredita-se que as festas de junho são na verdade, dos namorados, dos agricultores, doas amigos e das pessoas apaixonadas que viveram um dia no campo e gostam de guardar na lembrança a ingênua alegria de brincar de estar na roça.
Sávia Dumont. O Brasil em festa.São Paulo,Companhia das Letrinhas, 2000p.15/ 16

Diversão sim, balão não!
Durante muito tempo, soltar balão era uma forma de comemorar as festas juninas. Dizia-se que eles levavam pedidos para São João atender. O problema é que estes balões sobem devido ao ar que é mantido quente através do fogo. Resultado: inúmeros incêndios são causados por balões que caem. O perigo é tanto que eles se tornaram fora-da-lei. Soltar balões é proibido pelo Código Florestal Brasileiro e pela Lei das Contravenções Penais.
Fogos, rojões e companhia costumam fazer parte das festas. Só que também são perigosos. Eles contêm pólvora, que pode provocar acidentes graves. Aliás, não é pequeno o número de pessoas que, todos os anos, se ferem devido a acidentes com fogos de artifício.
E é bom lembrar: acender fogueiras sempre envolve riscos e só deve ser feito por adultos.
Mas não se preocupe. Existem muitas maneiras de se divertir sem correr riscos. Brincadeira é o que não falta nas festas juninas.
(Revista Dr. Rec e Companhia. São Paulo, Paulus, jun.1996. ano1 n.4)


Origem está nos rituais

São João Batista: o mais popular dos três santos cultuados em junho e inspirou os festejos do mês.
Quem pensa que festa junina recebe esse nome apenas porque acontece no mês de junho sabe apenas metade da história. A comemoração, como hoje conhecemos, se originou nos países católicos da Europa no século IV e era conhecida como festa joanina, em louvor a São João Batista. A celebração de caráter religioso, em que estão incluídos também São Pedro e Santo Antônio, é resquício da festa da colheita pagã. A fogueira, erguida para reverenciar a fertilidade da terra, ganhou o poder de espantar as pragas agrícolas na simbologia católica. Os balões, que colorem os céus em noite de arraial, também têm cunho religioso.
"Eles eram soltos para enviar pedidos aos santos", explica o historiador Flávio Trovão.

Fonte: http://proportoseguro.blogspot.com.br/search/label/Festa%20junina

Como ajudar uma criança disléxica

Professores freqüentemente perguntam como podem ajudar uma criança disléxica em classe, junto com alunos não-disléxicos. Abaixo enumeramos algumas sugestões. O que pode ser feito depende do conhecimento do professor sobre o assunto e das circunstâncias ambientais. Veja nossas dicas: * Encorajar sempre e elogiar sempre que possível. * Procurar descobrir algo em que ele se sobressaia. * Nunca diga que ele é preguiçoso e evite compará-lo aos outros alunos da classe. * Suas habilidades devem ser julgadas por suas respostas orais e não pela escrita. * Sempre que possível, usar um critério de avaliação diferenciado. * Ao corrigir os seus exercícios, assinalar as questões que estão corretas, ao invés das que estão erradas. Não reforçar seu erro. * Deixar as anotações no quadro o máximo de tempo possível para que eles consigam copiar. * Procurar não dar suas notas em voz alta para toda classe, isso o humilha e o faz infeliz. * Não esquecer que ele tem a inteligência normal, sabe que erra muito, e isso não o faz feliz. Ninguém gosta de errar! * E, acima de tudo, espalhar respeito e compreensão na sua sala de aula. Contamine as outras crianças com esses sentimentos! Fonte: Blog Pra Gente Miúda