sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

TEXTO APRESENTADO NO CURSO DE PEDAGOGIA


Indignação!

Estou indignada com o preconceito que eu sofro.

Por que sou discriminada? Porque sou mulher.

Sofro preconceito se sou uma mulher que não trabalha fora. Saiba que eu posso não trabalhar fora, mas em casa trabalho. E muito!!! Sou motorista, sou administradora, sou professora particular, além disso lavo, passo, cozinho, limpo banheiro e até o canil... Faço tudo que for preciso pela minha família.

Se eu sou uma mulher que trabalha fora, sou valorizada? Quem respondeu que sim, enganou-se.

Sofro, também, preconceito se trabalho fora. A cobrança junto à mulher que é profissional é duplicada! Quantas vezes já não ouvi que estava trabalhando demais e "abandonando" os filhos e outras coisas?

Daí, me sinto culpada... Isso mesmo! De um jeito ou de outro, nós mulheres sempre nos sentimos culpadas.

Temos culpa se não trabalhamos! Nos sentimos inúteis por deixarmos nosso companheiro, quando o temos, como único provedor da casa.

Temos culpa se trabalhamos! Sinto-me culpada por voltar para casa mais cedo na véspera de uma apresentação importante na empresa.

Temos culpa se não temos tempo para fazer ginástica e o nosso corpo não passa no teste da piscina.

É culpa demais! Precisamos dar um basta nessa culpa antes que ela nos engula. Será que conseguimos?

O dia só tem 24 horas... então por que nós, mulheres, vivemos com o desespero de que nunca vai dar tempo?

Acho que é por que temos um sentimento de que devemos ser a Mulher Maravilha em tempo integral.

Não abrimos mão de nada: somos mães, profissionais, amigas, donas de casa, amantes. Precisamos estar com o corpo “enxuto”, o cabelo pintado, as unhas feitas, a despensa cheia, os filhos bem educados, o noticiário atualizado e as fofocas em dia. Ufa!

Pensando bem, o que nos incomoda não são as cobranças dos outros. São as cobranças que infringimos a nós mesmas.

Precisamos buscar amor próprio, nos dar mais valor independente da opção que fazemos de trabalhar fora ou não.

É preciso estabelecer nossas próprias prioridades.

Nos amar mais para nos sentirmos amadas.

É preciso, a cada dia, olhar para o espelho e dizer para si mesma:

Sou mulher. Sou nota 10!


Ana Maria - Pedagoga

TEXTO APRESENTADO NO CURSO DE PEDAGOGIA EM 2009.

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